segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O papel do professor em qualquer contexto de aprendizagem

Você conhece Rubem Alves? Abro aqui este post com um vídeo desse grande pensador/pedagogo/escritor brasileiro que fala que o papel do professor é provocar a curiosidade do aluno. Seu foco são as crianças e os adolescentes mas acredito que podemos adotar esta mesma linha de pensamento para a aprendizagem no contexto online, normalmente, voltada para o público jovem e adulto.





Achei muito curioso quando Rubens Alves fala que o professor não precisa dar respostas, pois estas estão nos livros e na internet. Lembrei de George Siemens que traz muito forte esta realidade das novas tecnologias na educação. Em seu post Teaching in Social and Technological Networks (16/10/2010), o autor já indica que o professor, e as instituições de ensino, estão perdendo o controle do que os alunos devem aprender. As novas tecnologias possibilitam que o aluno busque informações sobre os assuntos que lhe interessam. Ele pode procurar no YouTube, Facebook, Twitter, Artigos na Internet, Comunidades, sites de busca e tantos outros.


E o que isso significa? Significa que o professor não é mais o centro das informações, que ele deve assumir um outro papel. Mas essa nova postura não deve ser somente no ambiente online, aplica-se também em situações presenciais. A tendência é que não haja mais a separação entre educação presencial ou a distância.


Siemens (2010) fala sobre os novos papéis do professor em ambiente de aprendizagem em rede abaixo relacionados:
  • Amplifying – Siemens cita como exemplo os recursos de uma das mídias sociais mais populares no mundo, o Twitter, e como um professor pode amplificar a sua influência entre os alunos e seus seguidores à medida que se torna um nó importante na rede de relacinamentos desses alunos;
  • Curating – como em um museu que o curador escolhe as melhores obras, o professor, em um ambiente em rede, torna-se referência. De acordo com o autor, o curador, num contexto de aprendizagem, organiza elementos-chave de um assunto de tal maneira que os alunos vão "entrar de cabeça" no assunto sem precisar do curso, ou seja, o curador trabalha de uma outra maneira com os alunos a partir das suas relexões pessoais, comentários sobre post, como uma forma de provocar os alunos;
  • Wayfinding and socially-driven sensemaking – auxiliar o aluno a dar sentido as informações fragmentadas na rede e, ainda, a dar um sentido a tudo que está disponível, também fazem parte da responsabilidade do novo papel do professor. Segundo o autor, dar um sentido às informações fragmentadas é um processo social;
  • Aggregating – pelo o que entendi, ainda não existe uma solução tecnológica para o que o autor chama de “agregação”, que seria a aplicação de inteligência a partir do que acontece em um curso, ou seja, revelar a estrutura e conteúdo do curso a partir da conversa que se desenrola, ao invés de defini-la com antecedência;
  • Filtering – Siemens defende que a aprendizagem é um processo de eliminação e o professor assume um papel importante ao filtrar algumas informações e fornecer um fluxo ao aluno que lhe ajudará a se concentrar na compreensão de um tema;
  • Modelling – acho que não compreendi muito bem o conceito de modelagem...Siemens cita uma declaração de Stephen Downes durante um curso em 2007 sobre o que seria este processo: “to teach is to model and to demonstrate. To learn is to practice and to reflect”;
  • Persistent presence – o autor defende que o professor precisa ter uma identidade virtual para ser encontrado pelo seu aluno, pode ser um blog, Twitter, qualquer outra mídia que lhe ofereça “um ponto de existência on-line”. Não é possível falar em um novo papel do professor em um contexto de aprendizagem em rede quando este não faz parte dessa rede. Para Siemens, a presença persistente na rede faz-se necessária para o professor assumir os demais papéis de amplificador, curador, agregador, filtragem de conteúdo e reflexão sobre o modelo de pensamento crítico de uma disciplina.
Outros autores também tratam da necessidade dos professores assumirem um novo papel no aprendizado on-line, tais como Anderson, Couros, Rena Palloff & Keith Pratt e tantos outros.


Mas gostaria de finalizar este post com um vídeo do especialista em educação, criatividade, inovação e recursos humanos, Sir Ken Robinson, que defende uma mudança radical das escolas que adotam um modelo industrial e padronizado de ensino para um modelo agrícola e mais personalizado de aprendizagem. Neste vídeo, ele chama a atenção de como as novas tecnologias, associadas com os talentos extraórdinários dos professores, fornecem uma oportunidade para revolucionar a educação.




Acho que aí fica o recado de como o papel do professor é fundamental no uso das tecnologias no contexto de aprendizagem em rede.


Referências bibliográficas

Robinson, Sir Ken (2010). Bring on the learning revolution! [video]. TED 2010, Filmed Feb 2010, Posted May 2010. Acessado em: outubro/2011.

Anderson, Terry (2008). Teaching in an Online Learning Context. In Anderson, Terry (Ed), Theory and Practice of Online Learning. Athabasca University: Au Press (2ª Edição). Acesado em: outubro/2011.

Couros, Alec (2010). Teaching & Learning in a Networked World. Keynote na conferência Quest 2010 [Video e Slides]. Open Thinking. Acessado em: outubro/2011.

Paloff, Rena & Pratt, Keith (2010). The Excellent Online Instructor [Podcast]. Online Teaching and Learning. Acessado em: outubro/2011.

Siemens, George (16-02-2010). Teaching in Social and Technological Networks.Connectivism. Acessado em: outubro/2011.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Twitter e eu - reflexão final

20 dias depois....

Reflexão final sobre a utilização da ferramenta que, obrigatoriamente, deverá explicitar os seguintes pontos:

- Opinião pessoal sobre a ferramenta
Depois dessas três semanas intensas de interação, percebi o quanto o Twitter pode ser usado para aproximar as pessoas interessadas no mesmo assunto. Durante as últimas três semanas, trocamos informações sobre as funcionalidades da ferramenta e aprendemos os conceitos mais comuns, tais como, hashtags, tweets, retweets, timeline, mentions, lista, @, #, entre outros tantos. Fomos provocados a analisar diferentes perfis disponíveis no Twitter e indicar os que mais agradavam. Fomos apresentados a vários recursos que nos auxiliam no gerenciamento de tantas informações, HootSuite, integração com Diigo, Google Reader, Scoot.it e tantos outros recursos. Por fim, pudemos acompanhar o MyMpel sem precisar estar presente fisicamente ou virtualmente. Conclusão....Acho que me apaixonei pelo Twitter.


- Potencial da ferramenta no seu contexto profissional
Depois da experiência na UC AVA, existe uma Rita antes Paulo Simões e depois Paulo Simões. Agora percebo as potencialidades do Twitter no contexto profissional quando podemos utilizá-lo tanto para manter a equipe informada sobre um determinado assunto, compartilhar informações, links e outros ou explorá-lo como um "chat assíncrono", como sugerido pela nossa coleta @ceciliatomas no seu post sobre o uso do Twitter durante o MyMpel.

- Comparação com outras ferramentas similares
Quais ferramentas similares? Temos outras formas de intereção na rede, como o Facebook, Google+, Orkut, etc., porém não vejo nenhuma ferramenta que ofereça tanto dinamismo quanto o nosso querido Twitter ;)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Twitter e eu - parte III

Esta semana a proposta para usar o Twitter era analisar perfis na rede utilizando ferramentas próprias como, por exemplo, Klout. Além disso, integrar o Twitter com outras ferramentas web de produtividade profissional como, por exemplo, DIIGO, Google Reader e LinkedIn.

Antes de começar a falar da atividade gostaria de falar sobre o tempo que passamos diante do computador tentando entender tantas coisas...

Gastei algumas horas criando pastas, incluindo TAGs e HASHTAGs, fazendo login em diferentes sites e, claro, apagando a enxurrada de e-mails de confirmação de tudo isso. É isso mesmo? Precisamos ficar tanto tempo nos organizando para, em tese, conseguir gerenciar tudo isso para tentar ler alguma coisa em algum momento que tivermos mais tempo?

Agora gostaria de saber quem consegue chegar até este momento pois, até agora, só consegui cumprir as tarefas. Na realidade, cumpri parcialmente, não sei o que aconteceu que não consegui fazer a integração do Diigo e Twitter. Tenho certeza que o grande oráculo de todos os tempos, o senhor Google, tem a resposta mas, sinceramente, não tenho tempo agora para buscar as respostas nas redes. Que frustação...

As trocas pelo Twitter são bem dinâmicas, o que acaba comigo são os links que nunca consigo ler. Fiquei super frustada de não conseguir integrá-lo ao Diigo para depois, com tempo, conseguir ler alguma coisa.

A proposta de integração do Twitter com outras ferramentas ajuda a ter acesso mais rápido às informações de uma maneira mais organizadas. Gostei do HootSuite para organizar os tweets e o Google Reader para organizar os blogs (peço desculpa ao leitor mas acabei de lembrar de uma coisinha e preciso anotar em alguma coisa e não aguento mais mandar e-mail para mim mesmo - lembrete pessoal: preciso arrumar tempo para confirmar se estou seguindo todos os blogs dos colegas do MPEL). Continuando o post....

Por fim, preciso falar do Klout. Que interessante, né? Saber qual a sua "influência" na rede. Triste é descobrir que você é quase insignificante, apesar da manifestação de carinho de alguns colegas que leram o meu post. Desculpas, post não, tweet (ainda temos que lembrar o nome de cada coisa e usar vírgula ao invés de ponto e vírgula para separar tags. Peço desculpa novamente...mas estou usando o princípio do conectivismo, ou seja, prefiro deixar anotado tudo na rede, assim não sobrecarrego a minha memória, o duro é lembrar onde anotei, mas isso eu vejo depois, quando tiver tempo).

Por favor, se alguém tiver alguma ferramenta que crie mais tempo, ou então, que nos faça dormir menos horas por dia (informação útil: não perco sono tomando café depois das seis da tarde e nem uma boa taça de vinho), peço que me envie. Por qual meio? Acho que a telepatia é o canal menos congestionado, todos os outros estão lotados (e-mail, twitter, facebook, linked-in, SMS, correio de voz do celular, telefone, etc.).

Lembrei-me do Pierre Levy e a história da Arca de Noé. Em tempos de abundância de informações temos que saber escolher, como Noé fez ao construir sua arca.

Fora tudo que relatei neste post (será que este é o nome certo?), estou adorando a experiência de usuário de Twitter e optei por tratá-la de uma maneira mais bem humorada.

Artigos MPEL5

Artigos produzidos no âmbito das unidades curriculares do Mestrado em Pedagogia do Elearning (5ºedição) da Universidade Aberta de Portugal por Rita Albuquerque.

http://www.sophia.org/collections/artigos-mpel5

Mobile Learning

Trabalho realizado por Débora Cunha e Rita Albuquerque para a unidade curricular Materiais e Recursos para elearning.

REA - Mobile Learning on Prezi

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Cada caso é um caso - Das cartas de São Paulo ao eLearning

A tecnologia dá o tom e cria a música, enquanto a pedagogia define os movimentos - Anderson & Dron (2011)

Tudo depende do perfil do aluno, da habilidade do professor e da tecnologia disponível.


Apesar de muitos acharem que a Educação a Distância (EAD) é uma “nova” forma de ensino-aprendizagem, estudos apontam que a EAD começou com as cartas enviadas por São Paulo aos cristão dispersos pela Grécia no século II a.C. perpetuando, assim, os ensinamentos que se constituem como a base do cristianismo.


Muita coisa mudou de lá para cá, ainda bem.... porém alguns conceitos e características permanecem. A EAD é caracterizada, principalmente, como uma forma de ensino-aprendizagem na qual o professor e aluno não dividem o mesmo espaço físico e temporal. Leia o conceito de Educação a Distância segundo Moran (2002): "educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.”


Independente do meio que é utilizado para chegar até o aluno, se correspondência ou recursos online, o objetivo da educação, seja presencial ou a distância, é a transformação do aluno , o desenvolvimento de de suas potencialidades e, como consequencia, a evolução da sociedade. Quando falamos em educação não tem como deixar as teorias que nos auxiliam na compreensão do processo de aprendizagem.

Como estamos falando de educação a distância, vou considerar a análise de Anderson e Terry (2011) sobre as três gerações da pedagogia de educação a distância, que relaciona as teorias de aprendizagem com as tecnologias, para nortear o presente post.

Nota-se que a pedagogia de educação a distância acompanhou as tecnologias com base no envio. A primeira geração de EAD foi por correspondência, a segunda definida pelos meios de comunicação em massa (como rádio e televisão) e a terceira, já considera as tecnologias interativas (áudio, texto, vídeo, web , etc.).

Vale destacar que nenhum pedagogia substitui a outra, muito pelo contrário, as gerações abrem um repertório de opções tanto para os profisionais de EAD como para os alunos que optam por este modelo de estudo.

Primeira geração EAD – Cognitivismo e behaviorista

A pedagogia cognitiva inclui as teorias que encaram a aprendizagem como um processo de construção de conhecimento pelos processos mentais utilizados para essa construção, tais como, o armazenamento, a compreensão e a transformação. A pedagogia tem como preocupação principal o desenvolvimento de meios para inserir o conhecimento, que é construído individualmente pela adaptação e organização, na memória do sujeito e, assim, garantir a aprendizagem. Seus principais representantes são: Jerome Bruner (1915-), Jean Piaget (1896-1980), David Ausubel (1918-2008).

Já o behaviorismo inclui as teorias que consideram a aprendizagem como o resultado de uma relação funcional entre ambiente e comportamento, na qual o sujeito é passivo neste processo e que deverá apresentar as respostas corretas, sem levar em consideração o que ocorre em sua mente durante o processo de aprendizagem, ou seja, é um mero reprodutor de tarefas e informação. A aprendizagem é uma mudança de comportamento observável. Seus principais representantes são: Ivan Pavlov (1849-1936), John Watson (1878-1958), Edward Thorndike (1874-1949), Burrhus Frederic Skinner (1904-1990).

Os modelos de educação a distância desenvolvidos com base no cognitivismo e no behaviorismo encaravam a aprendizagem como um processo individual, somadas às limitações tecnológicas de comunicação, levaram ao desenvolvimento de projetos educacionais em que o isolamento e a ausência da presença social prevaleciam como, por exemplo, os programas de instrução assistida por computador e programas estruturados com objetivos claramente definidos com posterior confirmação dos novos conhecimentos.

Apesar de maior liberdade do aluno no processo de ensino-aprendizagem, a “industrialização”do ensino (com esses modelos era possível atingir um número muito maior de alunos com custos mais baixos do que a educação presencial) e o estilo de escrita dialógica para garantir a “presença”do professor ao longo do processo de ensino-aprendizagem, muitos pesquisadores criticavam o empobrecimento do processo de aprendizagem a partir do momento que não proporcionam o aprender a ser e focam no aprender a fazer.

Segunda geração EAD - Construtivismo social

A pedagogia do construtivismo social englobam as teorias que definem a aprendizagem como um processo de incorporação de novos conhecimentos a experiência do indivíduo, processo que ocorre principalmente pela mediação. A cultura faz parte do processo de aprendizagem e o sujeito participa ativamente desse processo. Seus principais representantes são: Lev Semenovitch Vygotsky (1896-1934) e Paulo Freire (1921-1997).

A pedagogia sócio-construtivista, talvez não concidentemente, desenvolve-se em conjunto com as tecnologias de comunicação bidirecional. Michael Moore desenvolveu a Teoria da Distância Transacional na qual observou a capacidade de interação flexível, “a função transacional é determinada pela medida em que docentes e discentes podem interagir (dialogue) simultaneamente, porém ela é influenciada pela medida em que o caminho a ser seguido no estudo está prefixado (structure) por meio de programas de ensino preparados” (Peters, 2001).

Na verdade, a pedagogia sócio-construtivista só começa a ganhar força quando as tecnologias de comunicação de muitos para muitos tornou-se possível como, por exemplo, e-mail, lista de discussão e fórum. Segundo os autores Anderson e Terry (2011), a possibilidade de interação entre aluno-aluno e aluno-professor construíram uma nova era “pós industrial”da educação a distância que proporciona a interacão síncrona e assíncrona ao longo do processo de aprendizagem, sendo que a interação de qualidade é considerada como um componente crítico. Outro desafio é a avaliação que deve ser realizada na construção do conhecimento e não como resultado de de um comportamento observável, como no modelo behaviorista.

Terceira geração EAD - Conectivismo

O Conectivismo é uma proposta teórica para entender a aprendizagem na era digital. De acordo com Stephen Downes (2007), no conectivismo, a ideia é que o conhecimento está distribuído por uma rede de conexões e a aprendizagem consiste na capacidade que cada um tem em circular por essas redes. Nas palavras de Siemens (2004), o Conectivismo é: “a integração de princípios explorados pelo caos, rede, e teorias da complexidade e auto-organização. A aprendizagem é um processo que ocorre dentro de ambientes nebulosos onde os elementos centrais estão em mudança – não inteiramente sob o controle das pessoas. A aprendizagem (definida como conhecimento acionável) pode residir fora de nós mesmos (dentro de uma organização ou base de dados), é focada em conectar conjuntos de informações especializados, e as conexões que nos capacitam a aprender mais são mais importantes que nosso estado atual de conhecimento” (Siemens, 2004).

Parece que o aluno não quer mais como entrega o conhecimento sistematizado e estruturado, ele quer fazer parte do processo de construção. Ele não quer somente ler uma carta, ele quer escrever as cartas que serão distribuídas pelo mundo através da rede. As facilidades da Web 2.0 possibilitam a participação mais ativa não só no próprio aprendizado mas também na construção de uma sociedade.

Nota-se que o significado da aprendizagem continua o mesmo, adquirir conhecimento e desenvolver habilidades, porém o processo de produção e aquisição sofreu mudanças com o avanço das tecnologias de informação e comunicação.

A aprendizagem não pode ser mais considerada como uma experiência que ocorre em ambientes controlados, é preciso entendê-la em uma sociedade em rede. A aprendizagem não é uma experiência isolada, como a leitura de uma carta, e sim uma oportunidade de troca, compartilhamento e produção conjunta com várias pessoas do mundo que convergem o seu interesse para um ponto comum. Esse contexto cujo modelo educacional não presencial suportado por tecnologia de comunicação e informação que podemos entender como eLearning.

Neste contexto que surgem novas propostas para entender a aprendizagem, como o Conectivismo, teoria que considera o conhecimento como algo distribuído por uma rede de conexões na qual a aprendizagem é entendida como a capacidade das pessoas em circular por essas redes.

Se por um lado, os novos arranjos da sociedade em rede obrigam pesquisadores e estudiosos a buscarem novas teorias para entender a aprendizagem, esta mesma sociedade exige cada vez mais dos alunos o desenvolvimento de habilidades condizentes com as transformações tecnológicas. Além de habilidades tecnológicas para lidar com todo esse aparato, observa-se que o aluno precisa assumir uma postura mais ativa diante do seu aprendizado, desenvolvendo uma cultura de aprendizagem permanente, além de uma maior disciplina e auto-organização.

Vale salientar que o eLearning (modelo educacional suportado pelas tecnologias de comunicação e informação) não pode ser considerado para a realidade de todos os países. De acordo com estudos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estaística), divulgado no site Paises@, o número de usuário com acesso a internet é bem diferente entre os países do mundo. Dependendo da localização, é melhor adotar o modelo “Cartas de São Paulo” (primeira geração EAD), como é o caso dos países da África cujo a quantidade de usuários com acesso a Internet é menor que 30 para cada 100 habitante, do que o eLearning (terceira geração EAD).

Como bem lembrou Anderson (2011), a alta qualidade de educação a distância explora as teorias de aprendizagem de acordo com o conteúdo de aprendizagem, contexto,tecnologias e as expectativas de aprendizagem, ou seja, cada caso é um caso, sendo que as gerações de EAD apresentam suas vantagens e desvantagens para cada tipo de público-alvo.

Referências bibliográficas

Anderson, Terry & Dron, Jon (2011). Three generations of distance education pedagogy. IRRODL. Disponível em: http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article/view/890. Acessado em 10/10/2011.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Países@. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/paisesat/main.php. Acessado em 11/10/2011.
Moran, J (2002). O que é educação a distância. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm. Acessado em 16/10/2011.

LIMA, A. Tecnologia: Conceitos fundamentais e teorias. In: Fundamentos e práticas na EAD. Secretaria de Educação a Distância – SEDIS. Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Material em meio digital. S/D. Disponível em: http://ead.ifrj.edu.br/moodle_np/file.php/1/Curso_Tecnico_em_Servicos_Publicos/1o_Trimestre/Edcuacao_A_Distancia/educacao_a_distancia_03.pdf. Acessado em: 15/10/2011.

PETERS, Otto (2001), Didática do ensino a distância: Experiências e estágio da discussão numa visão internacional, Tradução Ilson Kayser, São Leopoldo, RS, Editora Unisinos.

Siemens, George (12-12-2004). Connectivism: A Learning Theory for the Digital Age. elearnspace. Disponível em: http://www.elearnspace.org/Articles/connectivism.htm. Acessado em 14/10/2011.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Twitter e eu - parte II

Só consegui acompanhar o Twitter no final do dia, com a diferença de 5 horas entre Brasil e Portugal, dá para imaginar a quantidade de mensagens que tinha para ler...ainda bem que o espaço é limitado em 140 caracteres.

Deparei-me com mais alguns nomes esquisitos: HootSuite e TweetDeck. Pensei com os meus botões: não vou dar conta, acho melhor desistir....Ainda tem #ppel5 para acompanhar. Trabalhando mais de 8 horas por dia e com compromissos pessoais, já estava quase convencida que 24 horas, de longe, não seriam suficiente. Isso sem contabilizar o tempo para leitura :0

Antes de desistir de tudo e apagar todos os perfis criados nas inúmeras redes sociais, resolvi respirar fundo e ler, pelo menos, um dos milhões de links publicados. Escolhi HootSuite or TweetDeck: Which Twitter Client is Right For You?
. Acho que a escolha foi boa. Criei a conta em um, instalei o outro e....Tudo organizado diante de mim, até o Facebook consegui entender melhor!!! Será que dá para inlcuir os fóruns do Mpel? Seria ótimo...

Ainda bem que existem pessoas criativas e inovadoras que nos ajudam a organizar as milhões de informações que nos bombardeiam a todo momento. Deus os abençoe.

Por falar em pessoas inovadores, não posso deixar de prestar minha singela homenagem ao Steve Jobs, além de admirar todo o seu legado tecnológico, admiro a sua capacidade de transmitir às pessoas ensinamentos que valem a pena lembrar no nosso dia a dia. Que descanse em paz...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Twitter e eu....

Para cumprir a exigência da UC Ambiente Virtual de Aprendizagem, do Mestrado em Pedagogia do eLearning, "resgatei" a minha conta do Twitter, mantida até então para seguir assuntos do meu interesse, porém sem muito empenho da minha parte.

Faz parte do desafio desta UC o registro das reflexões semanais sobre o percurso efetuado que, no final do período de utilização (previsto para 4 semanas), será de grande valia para a reflexão final sobre a utilização da ferramenta que, obrigatoriamente, deverá explicitar os seguintes pontos:

- Opinião pessoal sobre a ferramenta;
- Potencial da ferramenta no seu contexto profissional;
- Comparação com outras ferramentas similares.

A minha primeira impressão é que acabamos perdendo algum tempo para entender como funciona a ferramenta. Apesar de já ter uma conta, não posso dizer que sou usuário. Esse negócio de @avampel5 e #avampel5 ainda não ficou muito claro para mim. Vou tentar acompanhar as atividades da UC pelo meu celular...

Confesso que ainda tenho algumas dificuldades para navegar pelo Twitter.

Vamos que vamos, estou animada